Você sabe como é uma cirurgia da válvula mitral do coração? Esse é um procedimento que visa tratar problemas na valva. No entanto, ela consiste em dois tipos.
Em um, estão as doenças degenerativas. No outro, trata-se de doenças relacionadas às lesões por conta de uma doença reumática. Quer saber um pouco mais sobre esse assunto, e entender melhor a diferença entre os dois tipos? É só continuar nesse artigo.
A cirurgia da válvula mitral do coração é um procedimento um tanto delicado. E, antes de chegar nesse tipo de intervenção, é preciso analisar alguns pontos, uma vez que a depender de alguns fatores, o tipo de cirurgia pode variar. Então, para saber um pouco mais sobre esse assunto, é só conferir os próximos tópicos desta matéria.
O que são válvulas?
Antes de falarmos sobre a cirurgia da válvula mitral do coração, é preciso entender alguns pontos. Você sabe o que são válvulas, para o que elas servem e por que em algumas situações é preciso recorrer a cirurgia?
Como todos já sabem, o coração é um músculo que pulsa. Dentre as suas inúmeras funções, com certeza a mais conhecida é a de fazer o sangue circular. Mas você sabe o que acontece durante esse processo? O sangue bombeado vai para as válvulas.
Ou seja, é de responsabilidade das válvulas direcionar para onde aquele sangue vai. Um ser humano saudável possui quatro válvulas, e quando o coração bate, as válvulas se abrem. No entanto, quando há o estado de repouso (ou seja, que o coração se prepara para outro batimento), as válvulas se fecham.
Então, uma outra finalidade das válvulas é evitar que o sangue volte. As quatro válvulas que o ser humano possui são essas:
Pulmonar;
Tricúspide;
Aórtica;
Mitral.
Cada qual possui as suas características específicas. Então, a cirurgia de válvula mitral do coração ocorre quando ela não está realizando as suas funções de uma forma saudável. Certo, mas qual é a função da válvula mitral e o que pode ocasionar a sua degeneração?
O que é e para o que serve a válvula mitral?
A válvula mitral possui as mesmas funções que todas as outras, ou seja, controlar a direção sanguínea. Mas, para entender um pouco melhor sobre essa questão, primeiro você deve entender que o coração é separado em dois: lado esquerdo e lado direito.
A válvula pulmonar, como o próprio nome indica, fica entre o coração e o pulmão. A válvula tricúspide, no entanto, fica dentro do coração e separa o átrio do ventrículo, à direita. A aórtica, por sua vez, separa o coração da aorta.
Já a mitral é aquela que fica dentro do coração, separando átrio do ventrículo, à esquerda. E o que isso quer dizer? A parte esquerda do coração é a que recebe o sangue que veio do pulmão, oxigenado.
Então, na próxima pulsação, uma das funções da válvula mitral é pulsar para o organismo receber esse sangue rico em oxigênio.
Sendo assim, todas as válvulas precisam se abrir por completo, para que a passagem de sangue possa ocorrer de maneira saudável. Mas, quando isso não acontece, pode ser necessário fazer uma cirurgia da válvula mitral do coração, por exemplo.
O que acontece quando a válvula mitral não funciona corretamente?
Em algumas ocasiões, as válvulas podem apresentar problemas, ou seja, não se abrirem da forma adequada para a passagem do sangue. Quando isso acontece, o coração precisa fazer mais força para poder ultrapassar esse “obstáculo”.
Mas, em outras situações, o problema é o inverso: quando elas não se fecham por inteiro e o sangue volta. Nesse caso, o nome médico para esse problema é insuficiência ou regurgitação. Quando não se abre por completo, chama-se estenose ou obstrução.
Ademais, todas as quatro válvulas podem passar por esse problema. Então, assim como existe cirurgia da válvula mitral do coração, também existe para as outras.
A cirurgia da válvula mitral do coração é comum?
Mais ou menos. Na verdade, os problemas da válvula mitral, na grande maioria das vezes, é por consequência da degeneração. Ou seja, um processo “natural”. Por isso, esse problema é mais comum em adultos e especialmente em idosos.
Contudo, como o quadro de saúde de uma pessoa idosa é um pouco mais delicado, a cirurgia da válvula mitral do coração pode conferir alguns riscos. Por isso, pode acontecer de a pessoa não fazer a cirurgia.
Então, o que geralmente acontece é procurar um tratamento da medicina intervencionista, que é muito menos invasiva e reduz circunstancialmente os riscos que podem ocorrer.
Como é a cirurgia da válvula mitral do coração?
Depende do que ocasionou esse problema. Quando a válvula está obstruída, é preciso trocá-la. Esse procedimento pode ser feito através do próprio cateterismo, onde não há corte. Mas, na cirurgia tradicional, o cirurgião trabalha direto no coração, tocando-o e trocando a válvula.
Fora isso, precisamos salientar que o coração possui uma “reserva”. E quando ela começa a acabar, geralmente passa a se considerar a intervenção cirúrgica. Afinal, não há nenhum remédio que possa revitalizar essa reserva.
Como é o pós-operatório da cirurgia da válvula mitral do coração?
Depende do tipo de cirurgia que você fez. Se foi aquela menos invasiva, em termos gerais, a internação tende a ser mais breve e tranquila. Em contrapartida, caso tenha optado pelo tratamento cirúrgico, a internação é um pouco mais demorada.
Ou seja, independente da escolha, ambas precisam de internação, a única diferença está em relação ao tempo de internação.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é confirmado através de um exame de ecocardiograma. No entanto, através de uma consulta médica, é possível observar algumas coisas incomuns, que é popularmente conhecido como “sopro”.
O médico, ao ouvir o coração, pode detectar esse sopro. Mas o diagnóstico só é confirmado mediante ao exame adequado. Sendo assim, em uma única consulta, o paciente pode receber o diagnóstico e já encaminhar para fazer a cirurgia da válvula mitral do coração.
O paciente tem algum sintoma?
O paciente pode sim sentir alguns problemas que tenham relação com o mal funcionamento da válvula. Contudo, na grande maioria dos casos, isso acontece quando a “reserva” está começando a se findar.
Nesses casos, é normal sentir muito cansaço, falta de ar, desmaios e até dor no peito, por exemplo.